Na semana logo após o carnaval, de 23 a 27 de fevereiro, o Sistema OCB promove o evento de lançamento da Campanha Dia C 2015. Os preparativos estão a todo vapor, pois este ano a data escolhida para a celebração nacional será mais cedo: dia 4 de julho. Sobre o tema, conversamos com o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile. Confira!
O que é o Dia C?
Renato Nobile: O Dia de Cooperar (Dia C) é uma iniciativa de voluntariado, que vem realizando suas atividades com muita propriedade desde 2009, contando com a participação das cooperativas, e consiste na promoção e estímulo à realização de ações voluntárias diversificadas e simultâneas nos estados onde a Campanha se realiza.
As ações são definidas e executadas pelas próprias cooperativas e contam com o apoio do Sistema OCB no estado, na capacitação, divulgação e valorização das práticas, por meio de orientações contidas em cartilhas, manuais e outros documentos produzidos e distribuídos aos participantes, reforçados por uma ampla campanha de comunicação, com planos de mídia, recursos de informática e peças publicitárias.
Fechando as atividades, o Sistema OCB do estado realiza um evento simultâneo com os demais estados participantes do projeto com foco comemorativo e de estímulo e reconhecimento às ações, onde são ofertados a comunidade atendimentos e serviços voluntários além de atividades com temas ligados a cultura, educação, responsabilidade socioambiental, saúde, esporte e lazer etc.
Assim, mostrando à comunidade cooperativista e demais setores da sociedade, o potencial de atuação das cooperativas, cooperados e empregados, no campo da Responsabilidade Social.
Como surgiu esta ideia?
Renato Nobile: Surgiu da necessidade de colocar o potencial cooperativista, e a Responsabilidade Social, a serviço do próximo, o que confirmou que essa era uma excelente oportunidade para transformar e ser transformado através de atividades voluntárias essenciais ao bem-estar comum.
Originado em Minas Gerais em 2009 o Projeto Dia de Cooperar – ou apenas, Dia C, tinha em sua proposta um dia reservado para fazer o bem, em que equipes de voluntários realizavam, simultaneamente, em todo o estado, uma atividade, de escolha da cooperativa, que ajudasse a transformar para melhor a vida das pessoas.
Qual é o objetivo desta ação?
Renato Nobile: Sensibilizar, mobilizar e convergir esforços, junto as Cooperativas, para promover e intensificar as ações voluntárias dos cooperados e empregados das cooperativas, fortalecendo o seu potencial transformador de realidades tornando essas iniciativas numa prática continuada do Sistema cooperativista brasileiro.
O dia C será em 4 de julho, mas as ações podem ser desenvolvidas antes. Como isto vai funcionar na prática? O que de fato vai acontecer no dia 4/7?
Renato Nobile: O evento de celebração realizado em todos os estados participantes da Campanha será promovido por cada unidade estadual, com a participação de suas cooperativas filiadas, para demonstrar às comunidades seu potencial voluntário, em um espaço público, de circulação, aberto à sociedade.
No dia C em julho, os voluntários das cooperativas participantes desta celebração estarão realizando suas iniciativas pontuais da campanha e as comemorações em cada instituição beneficiada, caso optem por permanecer em seus municípios ou nos locais de realização da iniciativa voluntária.
O grande desafio deste projeto, Dia de Cooperar, é fazer com que as ações que muitas vezes acontecem de forma isolada, pontual e apenas em um determinado período de tempo, se tornem programas estruturados e permanentes de solidariedade das cooperativas, focados no desenvolvimento social.
Qual o motivo da escolha desta data?
Renato Nobile: Trata-se da data quando se comemora, também, o Dia Internacional do Cooperativismo. A ideia de instituirmos o primeiro sábado de julho também como o Dia C é com a intenção de fomentarmos o voluntariado cooperativo, um importante aliado para as cooperativas que percebem a importância das boas relações com as comunidades do seu entorno, como diferencial competitivo para os seus negócios, realizando ações sociais comunitárias que fortalecem sua imagem e reputação.
O voluntariado cooperativo se dá por meio de um conjunto de atividades realizadas a partir do ambiente cooperativo, incentivando e apoiando seus cooperados, empregados e familiares a aderir e participar de iniciativas voltadas para o desenvolvimento social e o bem-estar das pessoas.
Que tipo de ações as cooperativas têm realizado ou sugerido fazer no dia C?
Renato Nobile: Das mais variadas. Quando se fala em fazer o bem, a criatividade cooperativista não tem limites. Temos relatos de Campanhas de arrecadação de donativos para entidades de combate ao câncer, abrigos, lares creches e orfanatos; campanha de arrecadação de materiais de construção e de mão de obra para construção e reforma de creches, APAEs; implantação de hortas e viveiros de mudas ; emissão de documentos; ciclos de palestras educativas; orientações sobre saúde bucal e DSTs; campanhas de doação de sangue, medula, saúde preventiva; passeios ciclísticos; apresentações culturais; atividades de recreação; oficinas de informática para inclusão da 3ª idade e muito mais.
Como está a adesão das cooperativas do País a este projeto?
Renato Nobile: O ano de 2014 foi uma grande surpresa. Depois da edição piloto, realizada em 2013 com 8 estados, tivemos a surpreendente adesão de 25 estados brasileiros à Campanha. Agora, em 2015, seremos literalmente o país todo envolvido nesta grande ação. Já superamos a marca de 110 mil voluntários e 1,4 milhão de pessoas beneficiadas nestes dois anos, e nossa expectativa é fazer com que esse número cresça exponencialmente.
O que mais é importante se falar para cooperados e sociedade sobre o dia C?
Renato Nobile: A simplicidade é a melhor forma de exercermos o voluntariado. Com nossas próprias mãos, sendo agentes de transformação social! Fortalecer as pessoas e as instituições é a melhor contribuição do Dia C! Com ações diretas, objetivas e focadas no resultado o projeto atingirá a sustentabilidade necessária à sua perenidade, benefícios institucionais para as Cooperativas, benefícios pessoais aos voluntários envolvidos com o projeto e benefícios às comunidades que estarão empoderadas e capazes de se desenvolverem com mais autonomia.
Fonte: Sistema OCB
Promover uma ampla divulgação no Sistema OCB das linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponíveis para acesso às cooperativas e seus associados. O tema foi pauta de uma reunião realizada nesta quarta-feira entre integrantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), como as gerentes Técnica e Econômica e de Relações Institucionais, Clara Maffia e Fabíola Nader, respectivamente, a analista Jurídica Karine Manfredini, e integrantes da Área Agropecuária de Inclusão Financeira do BNDES.
Para subsidiar a elaboração de um plano de ação que potencialize a disseminação dessas informações, como parte do Acordo de Cooperação firmado entre as instituições em dezembro de 2014 e oficializado em janeiro deste ano, foram feitas apresentações institucionais sobre o trabalho realizado pela OCB e pelo BNDES. Segundo as gestoras, a diversidade de atuação e pujança do cooperativismo brasileiro chamaram a atenção dos participantes.
Na sequência, foram definidas três ações iniciais para esse processo de divulgação. O primeiro passo será capacitar técnicos das unidades estaduais do Sistema OCB para atuarem como multiplicadores dessas informações. Ao mesmo tempo, será feito um trabalho de inserção da pauta, com detalhes sobre essas linhas de financiamento, em grandes eventos promovidos pelas próprias cooperativas, como as feiras agropecuárias, ou em outras atividades realizadas pelo Sistema. OCB e BNDES também trabalharão juntos na elaboração de uma cartilha explicativa, didática, que mostre os passos para acesso a esses recursos. A intenção é divulgar a publicação ainda no primeiro semestre de 2015.
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) apresentou aumento de 4,2 pontos no último trimestre de 2014, em comparação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Na escala de 0 a 200, o IC Agro geral (que abrange os segmentos “antes”, “dentro” e “depois da porteira”) variou de 89,3 para 93,5 pontos. Apesar da reação, o índice permanece em um patamar pessimista. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, a queda é ainda maior, de 10,9 pontos. Os resultados foram divulgados hoje pelo Sistema OCB e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), idealizadoras do índice.
Na análise por elo da cadeia, todos apresentaram variações positivas, embora ainda estejam abaixo da linha de neutralidade (100 pontos). O segmento “antes da porteira” fechou o ano em 88,6 pontos, “produtores agropecuários” alcançou 97,5 pontos e a “indústria pós porteira” 91,6.
Para o diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Mario Sergio Cutait, o otimismo registrado nos últimos três meses de 2014 foi influenciado especialmente pela alta do dólar, que saiu do nível médio de R$ 2,33 em setembro, para fechar o ano em R$ 2,64.
“Isso ajudou a recuperar as cotações das principais commodities no Brasil, em especial a soja”, explica. “Os preços tiveram uma sustentação maior do que se previa anteriormente o que favoreceu mais diretamente a expectativa de algumas indústrias de insumos agropecuários. Apesar do relativo alívio, as incertezas ainda persistem e o sentimento é de cautela”, comenta Sergio Cutait.
A recuperação de culturas importantes como soja, milho e café, também ajudaram os produtores a melhorar a percepção quanto à situação dos negócios. Entretanto, o item “economia do Brasil”, puxou o índice para o nível mais baixo desde o início da série história, em 2013.
A satisfação em relação ao crédito, preço e confiança no setor são variáveis que puxaram o IC dos produtores agropecuários para cima, porém, não o bastante para elevá-lo ao nível otimista. A descrença com a economia brasileira e os custos de produção influenciaram negativamente o resultado, que fechou o ano com 97,5 pontos.
O segmento “pós porteira” foi o único a apresentar variação positiva pelo segundo trimestre consecutivo. O aumento de 1,9 pontos foi puxado pelas “condições gerais” da economia, já que a amostra é composta em boa parte por indústrias exportadoras, também favorecidas pelo efeito câmbio. Já o resultado sobre as “condições do negócio” recuou, por influência do aumento dos custos de produção da indústria de alimentos, reflexo da alta nos preços dos grãos.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, “os resultados demonstram que após um período conturbado de eleições e incertezas econômicas, aliadas a dificuldades na produção, as empresas e cooperativas passaram a considerar um horizonte mais favorável, de maior previsibilidade, mesmo que num cenário ainda pessimista”.
Vale destacar que a avaliação sobre a “economia do Brasil”, independentemente do crescimento observado nas últimas sondagens, ainda é o item com o menor grau de confiança por parte da indústria.
Preocupações x Investimentos
Para 55% dos produtores agropecuários entrevistados, o aumento dos custos de produção era a maior preocupação que enfrentavam no último trimestre de 2014. No período imediatamente anterior, esse item aparecia em terceiro lugar na lista. Os quesitos “clima” e “falta de trabalhador qualificado” aparecerem como a segunda e terceira maior preocupação para 53% e 34%, respectivamente.
Segundo Antonio Carlos Costa, gerente do departamento do agronegócio da Fiesp, a alta do dólar novamente influencia o resultado. “Se por um lado impacta positivamente no aumento dos preços das commodities, por outro, encarece parte significativa dos insumos agropecuários.”
Quando questionados sobre as intenções de investimentos, 67% dos agricultores responderam que pretendem aumentar o padrão tecnológico de suas lavouras. Destes, 77% mencionaram que iriam investir em “sementes mais produtivas”. “Controle de pragas, erva daninhas e doenças” e “fertilizantes diferenciados”, vêm em seguida com 47% das respostas.
Dentre os pecuaristas, 62% investirão em tecnologia, sendo “nutrição a pasto” e “reforma ou recuperação de pastagens” os itens mais citados, com 85% e 83%, respectivamente. O bom resultado no caso da pecuária de corte é reflexo da recuperação do setor, iniciada em 2014.
Metodologia
Para melhor captar as percepções de todos os elos que envolvem o Agronegócio, a pesquisa de campo consultou agentes que atuam antes, dentro e depois da porteira da fazenda.
No primeiro e no último grupo foram realizadas 50 entrevistas com indústrias fornecedoras de insumos e serviços aos agricultores, além de cooperativas e indústrias compradoras de commodities agrícolas e processadora de alimentos.
Já no quadro “dentro da porteira” foram realizadas 1500 entrevistas, sendo 645 válidas, com produtores agrícolas e pecuários.
O ICAGRO é uma realização da Fiesp e OCB, com o apoio da Anda, Andef e Anfavea. Os dados que compõem o índice são atualizados trimestralmente e a próxima divulgação está prevista para o mês de abril.
Outros detalhes e o download do estudo completo estão disponíveis no site: www.icagro.com.br
A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) iniciou nesta semana os preparativos para a sua recomposição no Congresso Nacional, em reunião realizada entre o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o atual presidente da Frente, deputado Osmar Serraglio (PR). O encontro serviu para definir as ações que serão realizadas no início do mês de março para a escolha da nova Diretoria da Frencoop.
A recomposição da Frencoop se faz necessária em virtude do início de uma nova legislatura, por ocasião da renovação do quadro de parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Para que o registro da Frente Parlamentar seja formalizado, é necessária a adesão de pelo menos 1/3 dos deputados e senadores, conforme prevê o Ato da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados nº 69/2005.
Segundo o deputado Osmar Serraglio, a ideia é ampliar os canais de comunicação entre parlamentares integrantes da Frente, seus gabinetes e representantes do cooperativismo. “Muitos deputados já demonstraram vontade de participar ativamente da Frencoop nesta legislatura. O time que estamos formando é bastante atuante e participativo. Durante as próximas semanas, faremos um contato mais forte com os gabinetes para recolhermos as assinaturas necessárias para o registro da Frente”.
Durante o encontro, também foram debatidos o cronograma de reuniões para o ano de 2015 e os principais pleitos legislativos do setor nos próximos meses, com destaque para tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 271/2005, que dispõe sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.
Segundo Márcio Freitas, a ideia é que a posse da nova Diretoria da Frencoop seja realizada no dia 24 de março, em conjunto com o lançamento da Agenda Institucional do Sistema OCB. “A Frente Parlamentar do Cooperativismo ganha a partir deste o reforço de lideranças cooperativistas que tiveram atuação de destaque na base. Alguns dos novos membros da Frente, inclusive, foram presidentes de Frencoops Estaduais em suas Assembleias Legislativas, o que nos traz a segurança de que o nosso setor continuará sendo bem representando nas comissões e plenários da Câmara e do Senado nesta Legislatura”, ressaltou Freitas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) conta com R$ 10 milhões para aquisição de leite em pó no Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito nessa terça-feira (10), pelo governo federal, durante reunião com representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), com representantes dos governos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e parlamentares dos dois estados, além de integrantes da cadeia produtiva do leite.
Outros R$ 10 milhões serão disponibilizados para compra também de leite UHT, tanto do Rio Grande do Sul quanto de Santa Catarina. A compra do produto longa vida foi aprovada esta semana pelo Conselho Gestor do Programa.
As aquisições serão realizadas pela modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) nestes dois estados da Região Sul. A Compra Direta da Agricultura Familiar permite a aquisição de alimentos, a preços de referência, definidos pelo Grupo Gestor, para distribuição a programas indicados pelo MDS.
Dessa forma, cumpre um importante papel na promoção da segurança alimentar e nutricional, na regulação de preços de alimentos e na movimentação de safras e estoques.
Podem participar os agricultores familiares organizados em cooperativas ou outras organizações que possuem DAP pessoa jurídica. Cada família pode vender até R$ 8 mil por ano, independente de fornecerem para outras modalidades do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento