Cerca de 500 lideranças do setor produtivo e autoridades nacionais estiveram presentes à cerimônia de posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada ontem à noite, em Brasília. O encontro contou com a participação de mais de 100 deputados e senadores, além dos ministros Kátia Abreu (Agricultura), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Gilberto Kassab (Cidades) e Pepe Vargas (Relações Institucionais).
O novo presidente é o deputado Marcos Montes (MG), que substitui o parlamentar Luis Carlos Heinze no comando da Frente. Como inovação nos cargos, a FPA passa a contar com coordenadores temáticos, que terão o papel de ser interlocutores políticos das comissões temáticas realizadas periodicamente por entidades do setor, sob a organização do Instituto Pensar Agro (IPA).
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o trabalho da FPA tem sido fundamental para a conquista de marcos regulatórios favoráveis ao desenvolvimento do setor produtivo. “O empenho desses parlamentares é importante não somente nas atividades legislativas, mas também na interlocução do governo e na defesa do setor junto à opinião pública”, comenta Márcio Freitas.
O presidente do Sistema OCB também destacou a importância do alinhamento entre as entidades representantes do setor agropecuário, que é realizado constantemente por meio das reuniões da frente parlamentar. “Temos de destacar a atuação dos deputados e senadores que não medem esforços para atuar em prol da defesa das cooperativas agropecuárias, tendo como parceiros várias entidades do setor, como o Sistema OCB e a nossa Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop)”, comenta Márcio Freitas, acrescentando que muitos integrantes da FPA também compõem a Frencoop.
O cooperativismo também foi representado pelo superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, pela gerente geral, Tânia Zanella, e pela gerente de Relações Institucionais, Fabíola Nader.
DIRETORIA – A mesa diretora da FPA, com mandato entre 2015 e 2016, é composta pelos seguintes integrantes:
Presidente: Dep. Marcos Montes (MG)
Vice-Presidente – Senado: Sen. Ana Amélia (RS)
Vice-Presidente – Câmara: Dep. Nilson Leitão (MT)
Vice-Presidente – Norte: Dep. César Halum (TO)
Vice-Presidente – Centro-Oeste: Dep. Tereza Cristina (MS)
Vice-Presidente – Nordeste: Dep. Raimundo Gomes de Matos (CE)
Vice-Presidente – Sudeste: Dep. Evair de Melo (PV)
Vice-Presidente – Sul: Dep. Alceu Moreira (RS)
Coord. Político – Senado: Sen. Waldemir Moka (MS)
Coord. Político – Câmara: Dep. Giacobo (PR)
Coord. Jurídico: Dep. Osmar Serraglio (PR)
Coord. Institucional: Dep. Jerônimo Goergen (RS)
Secretário: Dep. Josué Bengtson (PA)
Coord. da Comissão de Meio Ambiente: Dep. Giovanni Cherini (RS)
Coord. da Comissão de Direto de Propriedade: Dep. Valdir Colatto (SC)
Coord. da Comissão de Política Agrícola: Dep. Roberto Balestra (GO)
Coord. da Comissão de Defesa Sanitária: Dep. Onyx Lorenzoni (RS)
Coord. da Comissão de Infraestrutura e Logística: Dep. Adilton Sachetti (MT)
Coord. da Comissão Trabalhista: Dep. Nelson Marquezelli (SP)
Representantes dos setores produtivo e de transporte de cargas estiveram reunidos hoje, em Brasília, com os ministros Kátia Abreu (Agricultura), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) para tentar chegar à uma solução para os desdobramentos causados ao setor primário e à população em geral, em decorrência da série de paralisações dos transportadores rodoviários de cargas. O movimento cooperativista foi representado pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Desde ontem, com a intenção de defender os interesses dos cooperados, o Sistema OCB está empenhado na busca de soluções e, por isso, participando de diversas reuniões com parlamentares e representantes do Poder Executivo.
“Estamos vivendo um problema grave que tem impacto direto na economia da família brasileira. As cooperativas agropecuárias têm sido diretamente impactadas, pois trabalham com produção de grãos, carnes e leite. O prejuízo do setor já está na casa dos milhões de reais e quem pagará esta conta? Já temos conhecimento de cidades que vivem um desabastecimento de combustíveis e alimentos. Por isso estamos agindo de todas as formas para assegurar que essa situação não se agrave ainda mais. Ao mesmo tempo, compreendemos a urgência dos pleitos dos transportadores, cuja situação também é insustentável”, comenta o presidente.
O Sistema OCB também apresentou uma lista de possíveis soluções para o impasse, como redução da alíquota de ICMS do diesel, sanção integral da lei dos motoristas e refinanciamento de dívidas.
TERÇA-FEIRA – Ontem à noite, o presidente do Sistema OCB e outras lideranças do cooperativismo tiveram uma reunião com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu; e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, oportunidade em que foi entregue um documento com informações atualizadas do setor e, ainda, discutidas possíveis linhas de ação para solucionar a questão.
Entre as ações que o governo federal tem estudado para resolver a situação o mais breve possível estão:
1. Adequações de normativos da ANTT para melhor regular o setor;
2. Recentemente a OCB enviou sugestões para a consulta pública à Resolução Nº 3056/2009, que discorre sobre o transporte de cargas no Brasil;
3. Sanção do projeto de lei de alteração à Lei do Motorista sem vetor;
4. O Sistema OCB atuou na aprovação e apoia a sanção do projeto;
5. Refinanciamento das dívidas no programa Procaminhoneiros;
6. Atuação na problemática do preço do frete.
O objetivo do Governo é verificar quais destas propostas, e outras que surgirem, terão impacto real e ágil para o encerramento da greve.
Segundo o ministro Miguel Rossetto, o governo está priorizando “iniciativas de desobstrução e negociação”. Por sua vez, a ministra Kátia garantiu que está sendo composta uma força tarefa no país para resolver a questão envolvendo os governos federal e estadual e, ainda parlamentares e setores afetados.
Referência em sustentabilidade, constante uso de tecnologia, aumento do volume de produção. Estes entre outros fatores fazem do Centro-Oeste a região que mais cresce no Brasil e a que mais atrai investimentos estrangeiros.
Área de maior concentração agrícola do País – 40%, segundo dados do IBGE – o Centro-Oeste, na opinião de analistas, desperta atualmente grande interesse por parte de países da África e da América do Sul, além de nações como os Estados Unidos e a China.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no ano passado, cerca de 50% das transações no agronegócio contaram com a participação de investidores de outros países.
No entanto, a região continua a enfrentar o seu maior problema: a logística. “Vários debates e iniciativas tentam buscar soluções para resolver essa questão”, aponta Helio Sirimarco, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura.
INTEGRAÇÃO - “O projeto Centro-Oeste Competitivo, por exemplo, propõe identificar sistemas de logística de menor custo e promover uma integração do Brasil com os países sul-americanos e o resto do mundo, por meio da criação de eixos de desenvolvimento. Isso vai envolver investimentos em energia, telecomunicação e capital humano, com a participação da iniciativa privada, e irá atrair atividades econômicas, gerando emprego e renda, e fomentando a inserção da região na economia mundial”.
Outra iniciativa, de acordo com Sirimarco, foi colocada em prática pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). “Recentemente a associação articulou uma audiência entre o vice-governador Carlos Fávaro e representantes de um pool de empresas que realiza a navegação comercial na hidrovia Paraguai-Paraná para avaliar a possibilidade de ampliação do serviço até Cáceres. O governo, por sua vez, confirmou sua parceria para viabilizar o projeto”.
O diretor da SNA lembra ainda que o vice-governador, apesar de reconhecer que Mato Grosso lidera na produção pecuária e de várias culturas, afirma que o estado “continua adormecido em relação à infraestrutura logística”. Segundo Sirimarco, a ideia do governo é integrar todas as saídas logísticas de forma sustentável, desde que haja competitividade no setor.
MAIOR PRODUTIVIDADE – Se no passado o Centro-Oeste era uma região associada ao desmatamento, hoje em dia sua agricultura tornou-se referência em práticas sustentáveis de produção.
“Pesquisas indicam que a agricultura brasileira continuará crescendo, principalmente sobre as áreas atualmente ocupadas por pastagens degradadas, localizadas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. O Centro-Oeste contém ecossistemas de Cerrado, Mata Atlântica e Campos de Altitude, onde são obtidas as maiores produtividades de soja, milho, sorgo, feijão e algodão do Brasil”, explica Sirimarco.
Análises recentes da Embrapa Cerrados mostram que essas regiões possuem os maiores índices de produção anual de grãos no Brasil. Entretanto, as pesquisas apontam que a lucratividade da cultura da soja na região é inferior à dos estados da região Sul, e a dos países do Mercosul e dos Estados Unidos. (Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura – Assimp Sistema OCB/GO)
A Ocepar, atendendo as demandas das cooperativas filiadas, está atuando na busca por soluções para os bloqueios rodoviários que estão causando prejuízos ao setor produtivo paranaense. A entidade divulgou ontem documento em que analisa os impactos do movimento dos caminhoneiros e as ações coordenadas entre Ocepar e OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), com o objetivo de liberar as rodovias brasileiras das paralisações. Há uma semana, os caminhoneiros estão interrompendo o fluxo em inúmeras vias, prejudicando o escoamento da produção dos produtores do estado.
No âmbito estadual, a Ocepar, juntamente com entidades ligadas ao G7, que congrega representantes de sete setores produtivos do Paraná, participou de reunião com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, Gilson Luiz Cortiano, pedindo a intensificação das ações de desbloqueio de rodovias, para evitar o desabastecimento e os riscos de paralisação industrial em vários municípios do estado.
A Ocepar tem feito também contatos permanentes com autoridades estaduais e federais. Em conjunto com o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), a entidade tem participado de diversas reuniões com parlamentares e representantes do Poder Executivo. Nesta quarta-feira (25/02), representantes do cooperativismo participariam de reunião com os ministros Miguel Rosseto, da Secretaria-geral da Presidência da República, Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes).
A Ocepar tem mantido diálogo permanente com deputados e senadores que fazem parte da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), buscando a liberação das rodovias brasileiras. Saiba mais aqui sobre as ações da Ocepar e OCB. (Assimp Sistema Ocepar)
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, assinaram hoje, em Brasília, um acordo de cooperação técnico-institucional de quatro anos, visando à realização conjunta de cursos nas áreas de educação e inclusão financeiras, bem como seu material didático.
A chefe do departamento de Educação Financeira do Banco Central, Elvira Cruvinel Ferreira, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e as gerentes Karla Oliveira (Sescoop) e Tânia Zanella (OCB), também participaram do evento, que contou com a apresentação dos programas Felicidade Interna do Cooperativismo (FIC) e Dia de Cooperar (Dia C), realizada pela gerente de Desenvolvimento Social do Sistema OCB, Maria Eugênia Ruiz.
Segundo Márcio Freitas, o programa de Educação e Inclusão Financeira está completamente alinhado à filosofia do FIC e do Dia C. “Nosso grande capital são as pessoas. É preciso destacar o rosto humano que atua nos setores da economia brasileira e é por isso estamos aqui: para assegurar que essas pessoas – cooperados, familiares e empregados de cooperativas – tenham bem estar e qualidade de vida, por meio de um processo de educação cada vez melhor”, frisa o presidente do Sistema OCB.
DESAFIO – O diretor de Relacionalmento Institucional e Cidadania do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, disse que um dos grandes desafios da instituição é, de fato, a inclusão financeira. Para ele, um dos mecanismos mais eficazes e capazes de assegurar que todos tenham acesso à serviços e produtos vinculados às instituições bancárias é a educação.
“Acreditamos muito na viabilidade deste projeto, considerando a capilaridade das cooperativas brasileiras, presentes em todas as partes do país. Com a execução dos cursos, pretendemos evidenciar o olhar do Banco Central sobre as pessoas”, comenta Feltrim.
PARCERIA – A chefe do departamento de Educação Financeira do Banco Central, Elvira Cruvinel Ferreira, agradeceu o empenho da equipe do Sistema OCB em atender ao convite da entidade. “Nós sabíamos que seria um desafio muito grande e que nos demandaria muitas horas de trabalho, mas a OCB e o Sescoop sempre estiveram ao nosso lado e dispostos. Hoje, temos um material consolidado inigualável no país”, enfatiza a executiva.
SAIBA MAIS – O programa de Educação Financeira é um anseio antigo das duas entidades. As tratativas para esta parceria começaram há alguns anos e culminaram com a realização de turmas-piloto, cujos participantes receberam informações que os auxiliarão em seus processos de gestão financeira e desenvolvimento econômico.
As equipes do Banco Central e do Sescoop estão desenvolvendo conjuntamente o conteúdo e a metodologia das aulas. Estima-se que o curso de educação financeira a ser lançado no segundo semestre deste ano tenha 40 horas. A ideia é que as unidades estaduais promovam os cursos regionalmente, tendo como público-alvo: cooperados, empregados de cooperativas e familiares, contemplando todos os ramos.